sexta-feira, 8 de julho de 2011

PROBLEMAS DO SISTEMA NERVOSO

Diversos fatores podem provocar danos ao sistema nervoso: infecções provocadas por vírus, bactérias ou outros parasitas; distúrbios no aparelho circulatório (levando à obstrução ou ruptura dos vasos sanguíneos e, conseqüentemente, à morte de neurônios); intoxicações por metais pesados e outros produtos químicos; crescimento de diversos tipos de tumores. 

Vejamos a seguir outros problemas do sistema nervoso.

Dor de cabeça
Também conhecida como cefaleia, pode ter diversas causas: tensão nervosa; inflamação dos selos da face (sinusite); problemas no ouvido, nos ossos e nas articulações do pescoço; problemas visuais ou hormonais, etc. Convém lembrar que dores de cabeça persistentes não devem ser tratadas por conta própria: a dor pode ser um sintoma de um problema mais sério, cuja causa precisa ser investigada pelo médico. Cerca de 15% da população sofre de um tipo de dor de cabeça chamado enxaqueca, caracterizada por crises de dor que atingem, em geral, um lado só da cabeça, sendo acompanhadas por náuseas (às vezes vômitos), intolerância à luz e a ruídos, perda de apetite, etc. Neste caso, podem estar envolvidas alterações em certos neurotransmissores, como a serotonina. Há medicamentos específicos, que diminuem a intensidade e a freqüência dos ataques da enxaqueca.

Epilepsia
Na epilepsia há uma descarga excessiva de impulsos nervosos em grupos de neurônios do cérebro, que pode levar a pessoa ao chamado ataque epiléptico. Este assume várias formas: desmaios, convulsões, ausências (a pessoa parece estar dormindo de olhos abertos), etc. No caso de um ataque convulsivo, deve-se afastar objetos que possam machucar a pessoa, colocando alguma coisa macia sob sua cabeça e virando-a de lado, sem tentar conter seus movimentos. Após o ataque, aconselha-se levá-la a um posto médico, Na maioria dos casos, é possível controlar os sintomas com medicação adequada. O ataque epiléptico pode surgir sem que seja identificada uma causa específica; outras vezes, ele é provocado por problemas congênitos (infecções ou traumatismos durante a gravidez) ou adquiridos (desordens metabólicas, traumatismos no sistema nervoso, etc.).

Doenças degenerativas
Surgem como conseqüência da morte das células nervosas, sendo mais freqüentes nos idosos. Entre essas doenças estão: a doença de Parkinson, de causas ainda discutíveis, em que a pessoa apresenta rigidez e tremores musculares incontroláveis; a coréia de Huntington, de origem genética, com perda da coordenação motora, da memória e da capacidade intelectual; a doença de Alzheimer, de causa desconhecida, mas com uma possível origem genética, em que há progressiva perda de memória, da capacidade de coordenação muscular e do raciocínio. Para algumas dessas doenças há tratamentos que aliviam os sintomas, embora não evitem sua progressão.

Distúrbios psíquicos
Englobam alterações do comportamento que vão desde os problemas provocados pelo estresse ou ansiedade, até as formas mais sérias de doenças psiquiátricas, como a esquizofrenia. As causas ainda são muito discutidas, mas em vários tipos de desordens psíquicas há alterações nos neurotransmissores ou em seus receptores, presentes na membrana plasmática dos neurônios. Não se pode descartar também uma influência — maior ou menor, dependendo do tipo de distúrbio — de fatores genéticos, que, embora não deflagrem necessariamente a doença, podem provocar uma predisposição, isto é, uma chance maior de o indivíduo vir a ter a doença. Os ambientes familiar e social também devem ser levados em conta no que diz respeito à origem, ao agravamento e ao tratamento desses distúrbios. Nas doenças mais graves, como a esquizofrenia, em que o paciente tem delírios (acredita ser outra pessoa, por exemplo) e alucinações (vê ou ouve coisas que não existem), perdendo o contato com a realidade, são necessários medicamentos que controlam doença, permitindo, em vários casos, uma vida normal. No entanto, o tratamento ideal não se limita apenas ao uso de medicamentos: é importante também uma psicoterapia e uma terapia ocupacional para ajudar o doente a se reabilitar psicológica e socialmente.

Fonte: Tierney Jr., J et alli, eds. 
Current: medical diagnosis &  treatment. London, Prentice Hall International.

2 comentários:

  1. Quando uma pessoa está tendo uma convulsão, tem que segurar a língua dela pra não enrolar?
    e
    Epilepsia tem cura?

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  2. sim, na maioria dos casos é posto algum objeto como uma toalha para que ela não se machuque pois até os dentes podem feri-la. Epilepsia tem tratamento, cura ainda vou pesquisar se já foi encontrada.

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